A história do meu quase emprego

Foi assim: em janeiro meu namorado quase mudou de emprego. Iria para um cargo de gerente de marketing de um parque de diversões daqui. Quase foi porque o chefe mór não queria homens; no escritório só trabalham mulheres e reza a lenda que ele morre de ciúmes da mulher, que é diretora geral do parque. Enfim.

Aí meu namorado perguntou para a moça que tinha lhe ofertado a vaga se ele poderia me indicar.

Veja bem: meu namorado é publicitário formado há 5 anos, empregado desde que terminou a facul. Eu comecei facul de Letras há 2 semestres...

Mas enfim, sabe-se lá muito bem porquê, consegui o cargo. 3 meses de experiência.

Em 3 dias eu já estava me achando um lixo, porque não era nada do que eu gosto de fazer, e para culminar, tinha de trabalhar sábado e domingo (para não fazer nada, ia lá caçar mosca) e não tinha horário de almoço.

Ao completar 6 dias eu estava só o pó, chorei um balde no colo do meu namorado e no dia seguinte entreguei o cargo. O que recebi por uma semana de trabalho pagou uma mensalidade da minha facul. Sim, o salário era ótimo, mas nem isso estava me consolando.

Só Deus sabe o quanto fiquei aliviada. A ponto de não conseguir parar de sorrir ao sair de lá.

Quero só deixar claro que, apesar dos pormenores, era um trabalho bacana, com pessoas bacanas, mas não era para mim. E sim: carece de ser alguém formado e/ou que tenha experiência em marketing.

...

Aí hoje consegui outro emprego.

Minha cunhada me indicou para uma amiga que carecia de alguém para vender e gerenciar uma loja de acessórios.

Melór: não atrapalha em nada as aulas que estou dando este semestre.

A chefa é mais que bacana, a loja é linda, o salário é confortável (com o que ganho das aulas vai ficar legal!) e me senti bem lá desde o primeiro momento que botei os pés na loja.

É isso.