29.1.09

Óia o Zé!

Vai filmar pela Universal, uma adaptação de Robert Ludlum.

Paguei um pau.

13.1.09

>>Echar de menos...<<


Às vezes, até mais de uma vez por dia, sinto muitas saudades de Madri. Chega a doer.
Mas só hoje, eu queria estar lá para ver essa mostra.
Ou voltar a morar lá para ir ver esta mostra todo dia.

9.1.09

Caricatura ao contrário

Medo. Muito medo. Como se todos os desenhos animados do mundo pudessem ser reais.
Mas que o cara é bom no Porcohotoshop, ah, isso é.

6.1.09

Te vê

Não sou fã de novelas.

Volta e meia faço piadas em cima disso (os cabelos esquisitos das atrizes, as roupas esquisitas, os esmaltes espalhafatosos, tudo feito para o povão comprar mesmo o que é feio e vulgar).

Acho tudo muito forçado para arrancar emoção do espectador. Falta sutileza, cuidado, bom-gosto, realismo.

Raras vezes é possível ver boas cenas, feita por atores que não precisam de cacoetes, bordões, figurino extravagante.

Meses atrás vi uma cena de Glória Menezes e Tarcisio Meira, pelo que entendi, o casal de personagens se ama mas passou a vida toda separada (meu namorado vê novela, então, volta e meia absorvo o que me chama atenção, mas nunca sei a história toda) e estava meio que acertando as contas, conversando sério, fazendo um balanço de como eles chegaram a uma idade avançada resistindo a um amor tão forte e inabalável. É público e notório que o casal de atores está junto há muito tempo. Talvez por isso, por se conhecerem não só pessoal mas profissionalmente, foi uma cena belíssima, digna de cinema. Cena sem trilha dramática, só um texto sincero, sem firulas, interpretado por atores que fazem o que fazem porque são bons e fizeram tudo na calma e na tristeza que um tema desses merece. Até chorei, achei lindo.

Lembro também que eu gostava muito das cenas de Wagner Moura numa novela aí (não vou lembrar o nome, desculpem), em que ele não media esforços para fazer um canalha realista, do tipo de gente que, infelizmente, a gente pode conhecer de verdade: pessoa sem caráter, mas falha e cheia de rancores e mágoas mas capaz ainda de fingir boa educação e gentileza quando lhe convia. Achava bárbaro, mas, de novo, eu morria de preguiça de esperar o capítulo todo para vê-lo atuar.

Mas só. Vejo pedaços de outras novelas e me falta entusiasmo, acho piegas, acho que a dramaturgia brasileira há muito descambou para o novelão mexicano, com personagens exagerados, dramas profundos e rebuscados, amores tããão difíceis de se realizar que dão até... preguiça.

O próprio novelão mexicano já aprendeu a rir disso com a bem sucedida novelinha "Betty, a feia", que ganhou versões em vários países de língua espanhola e conquistou os figurões da tv americana que muito abastece os latinos, produzindo uma série tão divertida quanto emocionante. Faz piada de uma cultura misturada e exagerada e ao mesmo tempo critica o consumismo cego (como o que citei no começo do texto) e a obssessão contagiosa com a magreza e a beleza a todo custo, mas com coração e sincera, sem medo de se criticar e ao mesmo tempo de divertir e emocionar. A Record comprou os direitos para fazer a versão brasileira. Vamos ver se não acabamos por ganhar de presente mais uma produção típica da Telefe+SBT...

Ontem vi o capítulo inicial de "Maysa, quando fala o coração". Vi porque a história promete: mulher ousada, como poucas foram ou são; cantora primorosa e apaixonada; vida pessoal conturbada e alterada quimicamente. Praticamente uma Johnny Cash de saias e brazuca.

Mas que preguiça que me deu quando eu soube que o filho da cantora em si dirigiria a minissérie...

E ontem comprovei que eu deveria ter tido mais preguiça e não visto a minissérie.

A premissa é boa, o investimento foi grande, mas é uma novela!

Os textos exagerados, pouco plausíveis para uma vida real, mesmo numa discussão calorosa.

Maysa remoendo a tal discussão com a fala sendo reptida in-off... novelããão!

Figurinos bons mas nada que já não tenha sido visto antes.

Elenco competente, mas nada avassalador. A atriz é mesmo muito parecida a Maysa, mas me parece que falta carga emotiva, falta experiência e falta esconder mais o sotaque gaúcho que não cabe numa mulher ponte-aérea Rio-SP.

E os pais de Maysa? Bom casal de atores, mas o quê, foram conservados no éter?! Não orna: a atriz fazendo a Maysa adolescente, jovem e aos 40 e os pais com a mesma cara, o mesmo cabelo. Puxa, falha grave!

Enfim, mais desgostei do que gostei.

Já estou achando muito ruim que esta minissérie vai atrasar em muito a entrada de "Lost" semana que vem... (que eu já vi a 4ª. temporada faz tempo, mas sou nerd, vejo quantas vezes for possível e de preferência na tv 29'' e não no monitor 15''...)